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Afinal, quem tem cacife para falar de Literatura?


Como nesses últimos dias não tenho tido a chance de ler nenhum livro, tanto por estar ocupado demais quanto por estar alucinado demais com esta terceira temporada de Game of Thrones, venho aqui abordar um tema mais polêmico que mamilos: quem tem cacife para falar de literatura?

A ideia veio do vídeo da Tatiana Feltrin, embora o assunto que eu queira abordar não esteja exatamente dentro do que a vlogueira versou em seu vídeo. Ela focou mais em quem tem a autoridade para dizer quem tem ou não o cacife para falar de algum autor ou obra. O que quero abordar neste post é a realidade de que existem pessoas que se acham as últimas bolachas dos pacotes pelo simples e medíocre fato de terem lido um livro que possui uma narrativa um pouco mais erudita. Os ditos clássicos.


Quem, fã de literatura jovem-adulta ou não, nunca ouviu aquele seu amigo ou amiga irritante, pai ou mãe que também gosta de ler, falar: "o que te prende tanto nesses livros? Você tem que evoluir. Ler algo produtivo". Se não isso, algo do tipo. O que seria evoluir? Ler uma ficção, o mesmo gênero, aliás, mas com uma linguagem mais culta e formal? O que isso te difere em relação ao nível cultural de alguém que lê fantasia ou jovem-adultos? Claro, execrando o fato de que seu vocabulário será  minimamente maior, eu acho que esse não é um motivo para eu querer cometer suicídio.

Ler já não é o suficiente para um país onde seus habitantes mal se interessam em visitar um livraria? Senão, na realidade, para comprar um CD de sua banda favorita ou algum filme, passando em uma linha paralela sem nenhum desvio pelos muitos e muitos universos que ali estão preservados em páginas aglomeradas e encadernadas nas prateleiras?

O Brasil, um país onde a literatura não é algo valorizado pela maioria, ainda é habitado por pessoas que criticam os outros pelo seu favoritismo literário? Sim. E falo de mim quando digo: não é como se eu não soubesse ler uma obra machadiana, ou um poema do Álvares de Azevedo. Ambos possuem ótimas narrativas  como é de se esperar,  mas toda essa erudição simplesmente não me é atraente. Garanto que isso não é de um grau difícil de se entender.

E agora, puxando  apenas para finalizar  um pouco para o assunto que a Tatiana falou em seu vídeo, o que me faz ter a capacidade de julgar positiva ou negativamente uma obra? Seria, o que é mais óbvio, ler e compartilhar minhas opiniões ou formar todo um estudo universitário sobre tal autor de tal obra? Se você escolheu a segunda opção você é um completo otário, desculpe informar, senhor.

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